Que pode uma criatura senão,
senão entre criaturas, amar?
amar e esquecer,
amar e malamar,
amar, desamar, amar?
sempre, e até de olhos vidrados, amar?
Que pode, pergunto, o ser amoroso
sozinho, em rotação universal, senão
rodar também, e amar?
amar o que o mar traz à praia,
o que ele sepulta, e o que, na brisa marinha,
é sal, ou precisão de amor, ou simples ânsia?
Amar solenemente as palmas do deserto,
o que é entrega ou adoração expectante,
e amar o inóspito, o áspero,
um vaso sem flor, um chão de ferro,
e o peito inerte, e a rua vista em sonho, e uma ave de rapina.
Este o nosso destino: amor sem conta,
distribuído pelas coisas pérfidas ou nulas,
doação ilimitada a uma completa ingratidão,
e na concha vazia do amor a procura medrosa,
paciente, de mais e mais amor.
Amar a nossa falta mesma de amor, e na secura nossa
amar a água implícita, e o beijo tácito, e a sede infinita.
Não sei se deveria dizer isso, mas que coisa mais linda esse poema!!!!
ResponderExcluirParabéns para quem o escolheu!!!
Inté a proxima!!!
PS: nem precisa assinar para vcs saberem quem escreveu este comentário, né!!!
hum...
ResponderExcluirMas quem será que escreveu esse comentário??!
Não tenho nem idéia! huahauhua
Mas que p**** de site Machista é este???
ResponderExcluirPoesia?? Isso é coisa de viadinho!
Agora o Sofre virou point gay???