É tão fácil olhar o cisco no olho de uma outra pessoa (amigos, familiares, colegas de trabalho) e tão difícil ver a trava que está no seu. Assim que procuro me ver sempre que tento formular juízos em relação aos vícios dos outros. Tantos são os nossos vícios e tantos os motivos para tê-los.
A vida, o além vida, o antes da vida, a quase vida, a vida de faz de conta, a vida da novela, a dos filmes, tudo isso nos leva aos vícios, e nos faz querer fugir da realidade. Sim, fugir. Por que se bebe tanto? Por que se fuma tanto e por que se reza tanto? Para que se cheira tanto?
Para mim, para tentar esquecer do que se é... ou tentar esquecer do que se deveria ser. Tantas são as nossas cobranças, de nós para nós mesmos e de próximos, que entramos em parafuso e vamos a fuga.
Cada um com seus vícios. Alguns bebem demais, outros transam demais (queria este vicio para mim hehe), outros vivem a ler, a ver filmes, uso compulsivo de remédios e drogas, comem demais, rezam demais.
Mas por que então nos damos o direito de olhar para o outro e julgá-lo, se todos temos nossos vicios, nossas fugas?
Por que não vemos a nossa própria trava. Por que não queremos vê-la. Pois enchergar uma falha em nós mesmos significa assumi-la, e assumir não ser tão perfeito como se mostra é péssimo para o ego. Ou então assumir signifique retirar a trava, resolver o problema. Vixxxxx, ai é que a merda ficará grande. É mais fácil apontar o dedo e escrachar alguém... e quando este estiver sofrendo (se entregando ao vício) podemos olhá-lo e dizer:"Que sujeito fraco, sofre por qualquer coisa. Eu não, sou mais forte e equilibrado".
É, pelo menos a religião perdoa, a bebida atordoa e com a cocaína, a mente voa (em delírios de poder).
Eita vida besta meu deus!!!
SOFRE DESGRAÇADO!!!
3 de mar. de 2010
Assinar:
Postar comentários (Atom)



Nenhum comentário:
Postar um comentário